Lula denuncia genocídio em Gaza e critica hipocrisia internacional

Publicado por: Editor Feed News
23/02/2024 21:52:41
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Agencia Brasil
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Presidente brasileiro reafirma posição sobre conflito israelense durante evento no Rio de Janeiro

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou novamente a delicada situação na faixa de Gaza, reiterando suas preocupações durante o lançamento do programa Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (23). Em sua fala, Lula classificou o conflito militar como genocídio, responsabilizando o governo de Israel pelas tragédias que resultaram na perda de aproximadamente 30 mil vidas civis, em sua maioria mulheres e crianças palestinas.

 

Ao expressar sua firme posição em favor da criação de um Estado Palestino livre e soberano, Lula enfatizou a importância de uma convivência pacífica entre este novo Estado e Israel. Ele reiterou suas críticas à abordagem israelense, declarando que o que está ocorrendo em Gaza não pode ser chamado de guerra, mas sim de genocídio, devido ao elevado número de vítimas inocentes.

 

O presidente também esclareceu seu comentário anterior na Etiópia, convidando a leitura da entrevista em vez de julgá-lo com base nas declarações do primeiro-ministro de Israel. Destacou o impacto devastador da violência, ressaltando a morte de crianças e mulheres, inclusive dentro de hospitais. Lula argumentou veementemente que, diante de tal realidade, é impossível não caracterizar os eventos como genocídio.

 

A controvérsia gerada pela declaração anterior levou o governo de Israel a declarar Lula persona non grata, resultando na convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv "para consultas". O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também criticou as declarações do chanceler israelense, Israel Katz, em relação ao presidente brasileiro.

 

Além do contexto específico da Faixa de Gaza, Lula abordou questões mais amplas, como a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, visando uma representação mais equitativa, e criticou os vetos dos EUA às resoluções para um cessar-fogo em Gaza. Em um tom incisivo, sem mencionar nomes, chamou a classe política de "hipócrita" pela falta de ação diante dos conflitos globais. O presidente instou a uma abordagem política mais sólida para solucionar conflitos, denunciando a hipocrisia presente no cenário internacional e a necessidade de enfrentar a dura realidade de crises como as de Gaza e Ucrânia.

 

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