Um estudo alarmante aponta associação entre consumo de adoçantes e distúrbios no ritmo cardíaco
Inúmeras pesquisas ressaltam os malefícios do consumo de bebidas açucaradas, relacionando-as a diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, obesidade e problemas cardíacos. No entanto, um recente estudo publicado no Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology revela uma conexão intrigante entre o consumo de adoçantes artificiais ou açúcar e o aumento do risco de fibrilação atrial (AFib), um distúrbio no ritmo cardíaco.
A pesquisa, baseada em dados coletados de 2006 a 2010, envolvendo mais de 200.000 adultos inicialmente livres de AFib, apresenta descobertas surpreendentes. Após uma década de acompanhamento, 9.362 participantes desenvolveram AFib, sendo que aqueles que consumiram mais de 2 litros de bebidas açucaradas por semana apresentaram um aumento de 10% no risco, independentemente de fatores de risco tradicionais.
O estudo revelou ainda que o risco se eleva para 20% quando se trata de indivíduos que consomem mais de 2 litros de bebidas adoçadas artificialmente semanalmente. Essas versões dietéticas, muitas vezes consideradas alternativas mais saudáveis, podem, surpreendentemente, equiparar ou até superar os riscos associados às bebidas açucaradas.
Contrastando com esses resultados, o consumo moderado de sucos puros, como suco 100% de laranja ou vegetais, mostrou uma associação inversa, reduzindo o risco de AFib em 8% para aqueles que ingeriam um litro ou menos por semana.
Estas descobertas destacam a complexidade das relações entre o consumo de adoçantes, açúcares e riscos cardíacos, oferecendo uma nova perspectiva sobre escolhas alimentares e saúde cardiovascular.
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