Mas os desafios contra o tabagismo persistem, alerta OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente dados encorajadores, indicando uma redução no consumo global de tabaco. Apesar dos esforços contínuos da indústria tabagista para influenciar políticas, o número de adultos consumidores de tabaco está declinando, com aproximadamente 1 a cada 5 adultos no mundo sendo fumante, em comparação com 1 a cada 3 em 2000.
Um destaque positivo é a eficácia de medidas de controle implementadas por países como Brasil e Holanda, que alcançaram reduções relativas significativas de 35% mas ainda distante do ideal.
Apesar desses avanços, a OMS alerta para desafios persistentes, principalmente na região europeia, onde a prevalência de consumo é notavelmente alta, com 25,3%, e as taxas entre mulheres são mais do dobro da média global. A desaceleração da redução do consumo entre as mulheres na Europa é um ponto de atenção, demandando a intensificação de esforços.
O representante da OMS enfatiza que, mesmo com progressos notáveis, a indústria do tabaco continua a buscar lucros prejudiciais à custa de vidas humanas. A manipulação de políticas de saúde para vender produtos nocivos é uma preocupação constante.
O relatório aponta que, embora haja uma queda constante, a redução global do consumo de tabaco até 2025 pode atingir 25%, abaixo da meta voluntária de 30%. Apenas 56 países estão a caminho de alcançar esse objetivo, ressaltando a necessidade de intensificar os esforços para atingir as metas globais.
Seis países, incluindo Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia, registram aumento no consumo de tabaco, sinalizando a persistência de desafios específicos em determinadas regiões.
Os cigarros continuam sendo o produto de tabaco mais utilizado, representando 83% do consumo, enquanto a exposição à fumaça do tabaco em casa e no local de trabalho continua sendo uma preocupação, afetando cerca de 28,8% e 21,7% dos entrevistados, respectivamente.
A OMS reforça o apelo aos países para manterem e reforçarem políticas de controle do tabaco, resistindo às interferências da indústria tabagista. O desafio persiste, mas o progresso alcançado até agora aponta para a possibilidade de um futuro com menos impacto negativo do tabagismo na saúde global.
Reações do corpo ao abandonar o cigarro: Parar de fumar e seus benefícios à saúde
Benefícios Imediatos e de Longo Prazo:
Dentro de 20 minutos: Ritmo cardíaco e pressão arterial reduzem.
Em 12 horas: Nível de monóxido de carbono no sangue volta ao normal.
De 2 a 12 semanas: Melhora na circulação sanguínea e aumento da função pulmonar.
Entre 1 a 9 meses: Diminuição da tosse e falta de ar.
Em 1 ano: Risco de doença coronariana reduz pela metade.
Em 5 anos: Risco de AVC é comparável ao de um não fumante.
Em 10 anos: Risco de câncer de pulmão cai pela metade, assim como o risco de câncer em várias áreas.
Em 15 anos: Risco de doença cardíaca coronária iguala-se ao de um não fumante.
Benefícios para todas as Idades:
Por volta dos 30 anos: Quase 10 anos ganhos em expectativa de vida.
Aos 40: Nove anos a mais de expectativa de vida.
Aos 50: Seis anos adicionados à expectativa de vida.
Aos 60: Três anos extras de expectativa de vida.
Após o início de uma doença com risco de morte: Benefício rápido; redução de 50% nas chances de outro ataque cardíaco.
Diminuição do Risco para Crianças:
Parar de fumar reduz o excesso de risco de doenças relacionadas ao fumo passivo em crianças, como as respiratórias (asma) e infecções de ouvido.
Outros Benefícios:
Redução das chances de impotência sexual, dificuldade para engravidar, partos prematuros, nascimento de bebês com baixo peso e aborto espontâneo.
Assunto pensado e pesquisado por:
Ronaldo S.
Conteudista da The Mobile Television Network
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