Levo a sério esta camisa

Quando comecei a estudar e pesquisar cinema era apenas um office boy adolescente magricela cheio de ilusões que passeava pela Rua Barão de Itapetininga em SP, rua das maquinas e equipamentos fotográficos. Na época sonhava em comprar minha "super 8", (a bitola do momento). Minha primeira filmadora foi uma Fujica 8 mm e com ela filmei alguns momentos da minha vida.

 

Já adulto, por volta de 1982, foi em Salvador que comprei minha Betacam, um formato de vídeo da Sony que não prosperou, embora de excelente qualidade, foi vencido pelo formato VHS. De câmera na mão, o que não faltou foram ideias. Passei a documentar o crescimento dos meus filhos, registrando momentos inesquecíveis em família e a infância deles. Como assessor de comunicação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, documentava a instalação de novas comarcas no Estado. Para encarar essa nova realidade da comunicação tive que abrir mão de muitas coisas a começar por abandonar a faculdade de Direito (Ucsal) e mergulhar na mídia eletronica nas tecnologias. 

 

Como todo homem, eterno insatisfeito, investi em duas Sony 3 CCD 3000 U-Matic, equipamentos profissionais, o xodó das emissoras de televisão. E foi na TV Band Salvador, São Paulo e Paraná onde atuei por muito tempo com o TV Shopshow e TV Classificados, programas bem populares  muito rudimentar. Aos poucos fui conquistando a simpatia de quem assistia. Apresentados sempre com simplicidade e da maneira mais empática possível, ganhou o páis, virou notícias no JB entre outros grandes jornais.

 

Migrei para a internet em 1997 e para meu fascínio conheci o vídeo on line onde foquei minhas pesquisas com muito mais riqueza de informações disponíveis na rede. Foram muitos testes para ver meu trabalho na web, passando pelo formato da Microsoft Windows Midia Player, o RealVideo em 1997 que permitia o Streaming de videos compatíveis com o padrão H263. Mais tarde, RealAudio e RealVideo se fundiram no RealPlayer.

 

Nascido no Macromedia em 1997 e incorporado pela Adobe em 2005, o Flash Player foi uma revolução na distribuição de conteúdo multimídia na internet. Mas em 1995 surge o YouTube e todos os portais que o seguiram, transformaram definitivamente a nossa maneira de absorver conteúdo. O momento agora não é aguardar o próximo Youtube, Twitter ou Facebook , mas descobrir o que essas ferramentas farão daqui para a frente e o que podemos fazer com elas ou simplesmete segui-las de forma competitiva.

 

Não foi nada fácil e para atender os requisitos do mercado uma outra graduação de fundamental importancia era necessário: sair do amadorismo e ser profissional. Cursei e graduei em Produção de Mídias Digitais, aprimorei minhas ideias e aprendi mais sobre o assunto. Para mim isso não bastava, insatisfeito, decidi por três outras especializações para entender de que forma vender minhas ideias nessa era de mudança de comportamento do consumidor. A solução foi: especialização em Direito do Consumidor; MBA em Comunicação e Marketing Digital; Gestão de Marketing Digital e outra importante graduação: Comunicação Inastitucional.

 

Segundo dados da Ooyala (1) citados pelo eMarketer, smartphone é o dispositivo mais popular para assistir TV

No Brasil, consumo de mobile cresce anualmente e reflete no tempo gasto com o aparelho. Os telefones celulares e tablets representaram uma quota de visualizações de vídeos digitais de 30% no mundo no terceiro trimestre de 2014, um aumento de trimestre a trimestre, de 20%. BlogResponse. 

Um estudo realizado pela Millward Brown neste ano revelou que os usuários de smartphones e tablets no Brasil, entre 16 e 44 anos e que têm acesso à televisão, gastam mais tempo utilizando celulares do que qualquer outro dispositivo. São cerca de 150 minutos por dia. Laptops ficaram em segundo lugar, com 146 minutos; e a TV, em terceiro, com 113 minutos. Já os tablets apresentaram uma taxa de uso diário mais baixa.

ProXXIma 2014: Mídia mobile do Brasil é a que mais cresce. Geoff Ramsey chegou ao palco do ProXXIma com clima descontraído, fazendo piada, dizendo que os persistentes poderiam saborear uma caipirinha ao fim do painel. Claro, o CEO do instituto eMarketer precisava seduzir o repleto auditório no Sheraton WTC, em São Paulo. O executivo veio ao Brasil com 59 slides, com informações de mais 782 fontes, para convencer o público sobre o grande potencial do mercado digital do Brasil diante do restante do mundo. 

 

Baseado nesses indicadores passei a investir numa plataforma de televisão para os dispositivos móveis uma TV muito mais barata e mais eficiente que uma concessão federal cheia de limitações e que só atende ao "mercado político" que por sua vez atendem aos seus interesses.

 

Os resultados são gratificantes: Em 2017, o vídeo sozinho será responsável por 69% de todo o tráfego de internet para o consumidor, de acordo com a Cisco (2). O tráfego de VOD (vídeo on demand) por si só, quase triplicaram nos últimos anos. 

 

Se uma imagem vale por mil palavras, pasmem, um vídeo vale 1.800.000 palavras!

 

“Se uma imagem vale por mil palavras, então um minuto de vídeo vale 1.800.000, assim dizem os pesquisadores da Forrester. Se você possui uma empresa, seja micro ou multi nacional, há uma série de evidências convincentes sugerindo que o mercado de vídeo online deve ser o grande foco de seu orçamento de publicidade e marketing. O valor de um minuto de vídeo é de 1.800.000 de palavras, de acordo com Dr. James McQuivey, da Forrester Research (3).

 

Pergunto: Você tem tempo e energia para escrever 1.800.000 palavras? Isso é o equivalente a 3.600 páginas. Se você escrever em média uma página web por hora, levará 150 dias escrevendo textos para ter o impacto de um minuto de vídeo". Conclui Mike Nelson diretor de Marketing e Mídias Digitais da TV CARUARU, TV SHOPSHOW, e TV CLASSIFICADOS.

 

R Santos.

Referencias:
1) http://www.ooyala.com/videomind 
2) http://www.cisco.com/…/ip-ngn-i…/white_paper_c11-481360.html
3)https://www.forrester.com/How+Video+Will+Take+…/…/E-res44199