Microplásticos no Sangue e os riscos para a saúde: Novas descobertas em estudo

Publicado por: Editor Feed News
08/03/2024 16:28:32
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Cortesia Editorial Pixabay/iStock
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Estudo revela associação entre microplásticos nos vasos sanguíneos e riscos de AVC, ataque cardíaco e mortalidade precoce

 

Alertas soam à medida que um estudo revela que níveis elevados de microplásticos nos vasos sanguíneos podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e morte prematura. Embora não se possa afirmar definitivamente que as partículas plásticas causaram tais eventos, o estudo levanta preocupações sérias sobre a possível correlação.

 

Pesquisadores identificaram presença de plástico nos vasos sanguíneos de quase três em cada cinco participantes do estudo na Itália. Dos 304 pacientes analisados, 58% apresentavam micro ou nanoplásticos nas placas de gordura dos vasos sanguíneos. Esses indivíduos mostraram maior propensão a eventos cardiovasculares adversos, conforme relatado no New England Journal of Medicine (NEJM).

 

Embora os resultados não estabeleçam uma ligação causal direta entre os microplásticos e os problemas de saúde, eles ecoam pesquisas anteriores que indicam efeitos adversos dessas partículas nas células humanas. O professor Richard Thompson, especialista em detritos marinhos, destaca a rápida disseminação dos nanoplásticos pelo sistema circulatório, ressaltando a importância dessas descobertas.

 

A Dra. Dania Bahbahi, professora clínica de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Bristol, vê o estudo como um possível avanço, mas enfatiza que outros fatores, como o contexto socioeconômico, também podem influenciar a saúde cardiovascular. Ela destaca a necessidade de estudos adicionais em diferentes localizações para validar essas descobertas.

 

A poluição microplástica continua a ser uma preocupação global, com apenas 9% do plástico produzido sendo reciclado com sucesso. Em 2022, 175 países concordaram em elaborar um acordo internacional vinculativo para combater a poluição por plásticos, embora as negociações estejam em andamento para sua conclusão até 2024, conforme relata um novo relatório da OCDE.

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