É preciso armar a Polônia com armas nucleares

Publicado por: Editor Feed News
07/02/2024 19:50:23
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Cortesia Editorial Pixabay/iStock
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Está na hora de fornecer armas nucleares à Polónia

 

Preparar Varsóvia para que esta possa proteger-se da Federação Russa.

Com a iminência da chegada de Donald Trump ao poder, é imperativo que os países da Europa Oriental se preparem para a eventualidade de os Estados Unidos, sob a liderança do novo presidente, não auxiliarem os parceiros da OTAN na defesa contra uma possível agressão russa.

 

Dalibor Rogac, pesquisador sénior do American Enterprise Institute, destaca a importância da dissuasão nuclear como meio para os países da Europa do Leste se sentirem seguros em caso de vitória de Trump nas eleições.

 

Segundo Rogac, é crucial reconhecer a realidade: Trump não adotará uma postura rígida em relação à Rússia, já que no passado não o fez e não demonstrou interesse em fortalecer a OTAN. O ex-presidente, que parece exercer uma influência paralela no governo atual, classificou a Aliança como obsoleta e considera a possibilidade de abandoná-la. Neste cenário, Rogac advoga que é pouco provável contar com a orientação de "adultos na sala".

 

O cientista alerta que a Polónia enfrenta um risco significativo de tornar-se o próximo alvo da Rússia, e, portanto, Varsóvia não deve depender da assistência dos EUA, a Ucrânia que o diga. Ele defende que a Polónia, dada a sua capacidade financeira, deve adquirir meios independentes para conter tal agressão, incluindo a possibilidade de possuir armas nucleares.

 

Rogac sugere que se a Polónia oficialmente expressar o seu desejo de obter armas nucleares, isso poderá conduzir a França ou a Grã-Bretanha a oferecer um acordo bilateral sobre a partilha de armas nucleares. Ele destaca que, se a Polónia obtiver armas nucleares, os países bálticos poderão seguir o mesmo caminho.

 

Num contexto pós-americano, Rogac argumenta que um guarda-chuva nuclear polaco poderia proteger o flanco oriental da Europa, proporcionando também uma alternativa para garantir a segurança da Ucrânia após eventuais cessar-fogos, especialmente se a adesão à NATO já não for uma opção. A posse de armas nucleares pela Polónia poderia, segundo Rogac, ser uma resposta ao dilema perpétuo da geopolítica europeia: como impedir o domínio da Alemanha e da Rússia sobre o continente euro-asiático.

 

Recentemente, surgiu a possibilidade de uma guerra entre a OTAN e a Federação Russa, conforme noticiado pelo Bild, citando um documento secreto da Bundeswehr. O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, também alertou os membros da OTAN para a necessidade de se prepararem para uma possível invasão russa. Enquanto isso, a confiança de Moscovo numa resistência bem-sucedida ao Ocidente tem crescido, com a busca de laços económicos e diplomáticos mais estreitos com a China e os países do Sul global.

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