Luto normal X luto patológico
O processo de luto pode não ser apenas por conta da morte de alguém querido, pode estar relacionado ao conhecimento de diagnóstico de alguma doença, separação, falência financeira e por aí vai. É uma reação absolutamente natural que o ser humano faz para se adaptar, mas o psiquiatra Dr. Daniel Sócrates da capital paulista, conta que para algumas pessoas o luto deixa de ser uma reação esperada e revela um sofrimento mais intenso e contínuo de perdas, configurando-se o chamado “luto patológico” ou “luto complicado”.
“As alterações nos sentimentos iniciais podem ir desde raiva, culpa, ansiedade, solidão, nó na garganta, vazio no estômago, aperto no peito, falta de ar, fraqueza, boca seca, confusão, preocupação, descrença, alucinações, distúrbios de sono e apetite, choro, comportamento aéreo e isolamento social. Saber identificar algumas fases no processo de luto pode ajudar a compreender algumas atitudes e se livrar dessas reações psíquicas“, comenta Dr. Daniel.
Sócrates descreve as cinco fases:
O especialista conta que estas fases não são necessariamente experienciadas por todas as pessoas e nem sempre são vivenciados na mesma ordem. As variações de sentimentos, de sensações físicas e o tempo para que o luto chegue ao fim depende muito da maneira que se age para enfrentar a situação e assim, não deixar que o luto deixe de ser “normal“ e passe a ser um novo “problema“.
“É importante reconhecer um “luto normal” daquele que acaba dando à pessoa a incapacidade de lidar com a perda e acaba por se envolver em um processo cíclico de prejuízos: perde a vontade de trabalhar, de realizar as atividades cotidianas, diminuir sua qualidade de vida, e assim sucessivamente“, completa o psiquiatra.
FONTE: Dr. Daniel Sócrates
Graduado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU - Uberlândia/MG) em 2005, residência médica em psiquiatria pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG - Belo Horizonte/MG) em 2007, especialista em Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - São Paulo/SP) em 2008, doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - São Paulo/SP) e Membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina (CREMESP - São Paulo/SP).
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