Segundo coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – FASM, Reginaldo Gonçalves, troca de quadro diretivo é apenas mais uma das manobras ‘criativas’ da estatal.
Foi anunciada, na manhã desta quarta-feira (4), a renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, e de outros cinco diretores. A notícia da troca de comando da estatal, prevista desde terça-feira (3), foi recebida com entusiasmo no mercado financeiro. No entanto, segundo o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – FASM, Reginaldo Gonçalves, a ação é de cunho político e não passa de mais uma das ‘manobras criativas’ adotadas.
“A mudança no quadro diretivo da petroleira não passa de uma tentativa de ‘tapar o sol com a peneira’”, afirma o docente. “Em meio às investigações de corrupção e à novela da operação Lava Jato, a nova eleição de comando traz um fôlego para as ações da empresa, que alcançaram a maior alta dos últimos 16 anos nesta terça-feira”.
“Isso não muda o fato das agências de classificação de risco colocarem a Petrobras em uma posição rebaixada, enviando sinal ao mundo inteiro de que investir na empresa é perigoso”, ressalta o professor. “Os acionistas correm o risco de não participarem da distribuição dos lucros, devido ao alto nível de estresse financeiro da corporação”.
Vários nomes têm sido cogitados para substituir Foster. Entre eles estão o ex-sócio e atual desafeto de Eike Batista, Rodolfo Landim; Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. “A medida adotada pela Presidente Dilma apenas acalma os ânimos temporariamente. No entanto, o balanço contábil continua não auditado e o rombo nas contas segue aumentando”.
Comentários