Odores e corrimento vaginal podem ser evitados

Publicado por: Editor Feed News
21/11/2013 22:50:51
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Alimentação e hábitos simples podem ajudar a prevenir este problema comum e freqüente nas mulheres



O aumento da umidade vaginal, associada ou não à irritação, coceira, ardência ou odor mais intenso, pode ser um quadro de corrimento ou vaginite, outro nome pelo qual essa doença ginecológica é conhecida. Este ‘liquido’ que molha a calcinha pode apresentar em sua composição fungos e bactérias que estimulam as células da vagina e do colo do útero a produzirem a secreção, como uma forma de defesa do organismo.


A ginecologista Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844), doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, clínica de São Paulo especializada no tratamento da doença, explica que corrimento normal é aquele sem cheiro, que não coça e que pode ter uma coloração parecida a de clara de ovo ou um pouco mais branca.



“Este tipo de corrimento pode aparecer, preferencialmente, na época da ovulação, que corresponde ao meio do ciclo menstrual e pode se intensificar no período antes da menstruação. Algumas mulheres podem apresentar uma secreção maior em relação às outras, principalmente se estiverem fazendo uso de algumas medicações, como anticoncepcionais. O corrimento mais comum é chamado de candidíase. Ele aparece por uma proliferação de um fungo, chamado cândida que está presente, normalmente, no intestino de qualquer mulher”.



De acordo com Dra. Rosa, às vezes, por uma diminuição da defesa do corpo da mulher, seja por estresse ou uso de antibióticos, por exemplo, este fungo começa a crescer de forma descontrolada e passa para dentro da vagina, dando sintomas de um corrimento branco (como um leite coalhado), coceira e ardor vaginal. Nestes casos, o tratamento é feito com comprimidos e cremes vaginais, de acordo com o agente identificado e com prescrição médica.



Para identificar quando a situação é anormal, a ginecologista revela que o corrimento tem uma coloração mais amarelo esverdeada, coça e dá ardor na vagina. “Nestes casos, deve-se procurar um ginecologista para avaliar qual a causa do problema e, assim, tratá-lo adequadamente”.



Como evitar



A alimentação tem um papel fundamental no organismo humano. Na mulher, uma dieta equilibrada ajuda ainda a manter a produção constante dos lactobacilos vaginais - que são as células de defesa da vagina - e manter o pH (grau de acidez) vaginal equilibrado. “Isso evita a colonização de bactérias estranhas ao corpo da mulher.

Sob o aspecto preventivo, a especialista lista alguns hábitos simples que devem e podem ser adotados no dia a dia, que evitarão que este desconforto comprometa a saúde e bem estar feminino. “Tudo que aumente o calor e a umidade dentro da vagina, pode predispor a um aumento do corrimento”, finaliza.



Dentre as medidas aconselhadas pela médica estão:


Dormir sem calcinha: diminui o calor na vagina;
usar calcinhas de algodão: este tecido esquenta menos que os sintéticos, por isso o fungo ou bactéria têm uma menor tendência de se proliferar;


Uso de sabonetes íntimos diariamente no banho: eles ajudam a manter a flora vaginal normal equilibrada;
Não usar roupas apertadas: aumentam a produção do calor e tornam a vagina um bom meio de proliferação desses fungos;


Não deixar a calcinha pendurada no banheiro: isso pode estimular a proliferação dos fungos na lingerie;
Secar os pelos da vulva com um secador após o banho: isto ajuda a diminuir a umidade da região.


Perfil

Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844) - É graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1996) e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo (2004). Realizou residência-médica também na Universidade de São Paulo (2000). É membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e Sociedade de Ginecologia do Estado de São Paulo (FEBRASGO/ SOGESP) e membro da Associação Americana de Laparoscopia Ginecológica (AAGL). Além de dirigir o Centro de Endometriose São Paulo, ela integra a equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.

 

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