Revelada a “verdade” sobre as ameaças nucleares do presidente da Rússia, na perspectiva do especialista Andrey Piontkovsky.
Vladimir Putin terá feito muita gente “tremer” – a começar por milhões de russos – quando anunciou uma “mobilização militar parcial” para a guerra na Ucrânia e, sobretudo, porque deixou um aviso.
“Se tivermos de o fazer para defender o nosso território, utilizaremos todos os meios que temos à disposição. Repito: todos os meios que temos à disposição“, afirmou o presidente da Rússia.
As reacções foram diversas e quase imediatas: os russos começaram a fugir da Rússia e o Ocidente anunciou reforço do apoio à Ucrânia, com destaque para as palavras de Liz Truss.
A primeira-ministra do Reino Unido foi clara: “Neste momento crítico do conflito, prometo que iremos manter ou aumentar o nosso apoio militar à Ucrânia pelo tempo que for necessário. Só vamos ficar descansados quando a Ucrânia triunfar“.
Quando Putin disse que as forças armadas russas podem utilizar “todos os meios que temos à disposição”, reforçou-se globalmente a ideia: pode vir aí guerra nuclear.
Mas, se a guerra nuclear avança, a Ucrânia vai mesmo triunfar. Porque Vladimir Putin vai morrer.
Andrey Piontkovsky, cientista e analista político e especialista em assuntos relacionados com a Rússia, é directo, no seu artigo publicado no The Spectator.
A explicação é simples: se a Rússia atacar com armas nucleares, todas (ou quase todas) as outras grandes potências militares vão responder com armas nucleares. Atacando a Rússia.
O presidente da Rússia acredita mesmo que tem armas nucleares superiores às dos membros da NATO. Mas “é possível que tenha sido enganado pelos bandidos que o forçaram a gastar biliões de dólares no desenvolvimento de armas nucleares novas, totalmente desnecessárias”, de acordo com o antigo opositor do Kremlin.
Putin estava convencido de que, com ameaça nuclear, o Ocidente ficaria com medo e recuaria. Mas a resistência – a começar pela Ucrânia – tem sido bem maior do que o presidente previu.
Boris Johnson, quando ainda era primeiro-ministro, lembrou que o Reino Unido também é uma potência nuclear. E, se a Rússia agisse nesse sentido, os britânicos iriam fazer o mesmo.
Com informações do Planeta ZAP
Comentários