Putin ameaça com armas nucleares e garante: “Isto não é blefe”

Publicado por: Editor Feed News
22/09/2022 10:36:31
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Vladimir Putin anunciou uma “mobilização militar parcial” dos militares na reserva para a Ucrânia e ameaçou usar armas nucleares. “Isto não é blefe”, garantiu.

 

Era previsivel ter falado na noite desta última terça-feira, mas o discurso ficou adiado para hoje (21/9). Vladimir Putin falou ao seu país pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.

 

O Presidente russo começou por dizer que o país está “unido pela grande Rússia” e disse que “é preciso passos para defender a soberania e integridade territorial da Rússia”, principalmente das repúblicas proclamadas.

 

“Dizem que a Rússia deve ser dividida. Apoiam bandos de terroristas no Cáucaso, perto das nossas fronteiras”, disparou Vladimir Putin, acusando ainda o Ocidente de ter reforçado o seu armamento e usado os ucranianos como “carne para canhão”.

 

O chefe de Estado anunciou uma “mobilização militar parcial” na Rússia, uma vez que Putin diz que o país está a ser alvo de um ataque do Ocidente. Os militares na reserva serão convocados para combater.

 

Estes militares “terão treino para reforçar a operação militar” na Ucrânia. “O decreto da mobilização parcial já está assinado e a mobilização começará hoje mesmo”, anunciou à nação.

 

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, confirmou a mobilização militar e realçou que vai aplicar-se apenas “àqueles que têm experiência militar prévia”. O governante avançou que existirão perto de 300 mil militares na reserva no país, que serão chamados a combate.

 

Putin diz ainda que Lugansk está praticamente “livre de neonazis” e que essa mesma luta continua em Donetsk.

 

O Presidente russo argumentou ainda que a Ucrânia estava satisfeita com os acordos de Istambul, que colocariam um ponto final à guerra. Contudo, este entendimento “não era do agrado do Ocidente”, levando a Ucrânia a “não aceitar a proposta de paz”.

 

Relativamente aos referendos que se vão realizar em Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk para integrar a Rússia, Putin manifestou o seu total apoio a estes territórios.

 

“Faremos tudo para garantir a segurança para que as pessoas possam manifestar a sua vontade”, arrematou.

 

“Temos meios mais poderosos do que a NATO e, se tivermos de o fazer para defender o nosso território, utilizaremos todos os meios que temos à disposição. Repito: todos os meios que temos à disposição”, reforçou Putin, depois de acusar o Ocidente de “chantagem nuclear”.


“Isto não é um blefe”, afirmou Vladimir Putin. “O mal pode virar-se contra eles”.

 

“O objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e destruir a Rússia”, avisou, acrescentando que o Ocidente “diz abertamente que em 1991 conseguiu desmembrar a União Soviética e que agora chegou a vez da Rússia”.

 

Em reação ao discurso desta manhã de Vladimir Putin, a embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget A. Brink, disse que o “falso referendo” que decorrerá nas regiões ocupadas pelos russos e a mobilização militar anunciada são “sinais de fraqueza e das falhas  das tropas russas”.

 

“Os Estados Unidos não vão reconhecer nunca a alegação da Rússia de suposta anexação de território ucraniano”, avisou Brink, afiançando que o país vai “continuar ao lado da Ucrânia durante o tempo que for preciso”.


O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, considerou que a mobilização de tropas russas é “mais um passo errado” de Putin. Também a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Gillian Keegan, salientou que “isto é claramente uma escalada” da guerra na Ucrânia.

 

Por Daniel Costa, com informações do Planeta ZAP //

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