Vizinhos podem ter envenenado meu gatinho

Publicado por: Editor Feed News
13/05/2020 15:19:09
Exibições: 248
Arquivo TVCaruaru
Arquivo TVCaruaru

Enquanto uns recolhem cuidam, outros simplesmente torturam e matam 

 

"Eu vi o bichinho largado na rua doente, pendurado numa árvore, ele ainda respirava tentando sobreviver aos maltratos sabe-se lá de quem", Disse Dilma Leal, moradora no Caiucá, bairrro de Caruaru. 

 

Após os cuidados e medicamentos, em poucos dias o bichano foi se recuperando e ganhou um novo lar, carinho e um novo nome Xaninho.

 

Para essa nova fase do felino, Dilma teve uma ajuda muito importante para a saúde de Xaninho, trata-se de uma pessoa também voltada a proteção de gatos abandonados. Widja é uma comerciante no mercado de Caruaru e divide seu tempo entre sua lanchonete e o cuidado com os muitos gatinhos que são abandonados e que  circulam no entorno da feira. Widja que também tem um amigo veterinário, foram fundamentais para a saúde do gato e davam todo suporte a Dilma na aplicação de medicamentos.

 

 

O Xaninho tinha poucos meses de idade mas era corpulento, como se fosse um gato adulto extremamente manso e dócil, não era um gato esperto, era um meninão brincalhão. Não demorou muito e logo o bichano conquistou o coração e mais carinho da Rosangela e suas filhas adolescentes, Marilia (13) e Alice (17), vizinhas de Dilma. Elas  se revezavam nos cuidados e na troca de agua e ração. O felino ganhou até Xampu, toalha e sabonete. Bem cuidado, o animal andava sempre limpo e cheiroso. Volta e meia  Xaninho aparecia ferido por atritos com outros gatos da rua mas logo era tratado, Dilma tinha o cuidado de limpar os ferimentos e fazer os curativos.

 

Muitas vezes Xaninho ficava em cima do carro de Dilma, brincava com outro gato da vizinhança o Ruam, mas um simples chamado, ele subia correndo às escadas e ali ficava por longas horas no aconchego de suas cuidadoras. Elas buscavam assegurar que ele ficasse em casa. Logicamente, nem sempre isto é prático, principalmente se ele está acostumado a passear.

 

Mas a crueldade é uma característica presente em muitos seres humanos e, em algumas situações, pode ser refletida no modo como tratam os animais. Apesar de ser muito triste e frustrante, o maltrato aos animais continua vivo na nossa sociedade e os casos, são bastante recorrentes.

 

Na última sexta-feira a noite, Dilma e suas vizinhas ainda brincaram com Xaninho na escada até altas horas. No sábado de manhã, Rosangela bate a porta de Dilma, com os olhos vermelhos, para dar a triste noticia, que Xaninho aparecera morto. Foi um choque para todas. Aos prantos Dilma foi ver o seu pobre animal, morto, na calçada sem vida e sem o brilho de seus olhos azuis. Não foi dificil perceber que o animal nao fora morto por ataque de cachorros, mas  cruelmente envenenado por psicopatas.

 

 

Chorando muito e sem querer acreditar, Dilma então embrulhou o bichinho em uma sua blusa, juntamente com Marilia, deram a ele um enterro decente.

 

Indaga-se, com tanta tristeza que assola o pais com o Coronavirús, o que leva uma pessoa a matar animais?

 

Muitos pesquisadores tentaram buscar traços da personalidade que sejam característicos deste tipo de pessoa, mesmo sabendo que existam diferentes culturas e regiões em que o maltrato aos animais é normalizado, foram encontrados as seguintes características psicológicas comuns:

 

Agressividade: uma pessoa agressiva tem uma tendência natural a responder com violência aos estímulos que a rodeiam, neste caso, se a pessoa sente raiva ou frustração de um animal, não pensará duas vezes antes de reagir de forma agressiva.


Impulsividade: ser impulsivo significa não pensar duas vezes antes reagir, isso implica em soltar a raiva sem refletir nas consequências, não interessa se vai ou não machucar o outro ser.


Pouca inteligência emocional: a falta de inteligência emocional é um dos traços mais característicos de um agressor de animais. Esse traço define a capacidade de não conseguir sentir empatia nem se identificar com o estado emocional dos demais. Se uma pessoa não é capaz de ser empática por um animal, dificilmente controlará seus atos afim de evitar machucá-lo.


Necessidade de poder: em muitas situações, a violência é utilizada para manter uma situação de poder. Quando um animal não obedece, o agressor será violento afim de conseguir o seu objetivo.


Egoísmo: quando uma pessoa pensa apenas no próprio benefício, pode ter atos de crueldade com o mero objetivo de conseguir alguma coisa. Por essa razão, um agressor terá uma forte tendencia ao egocentrismo.


Desafiador: as pessoas que tem atitudes contra as leis e sentem certa excitação ao quebrar as regras podem desenvolver condutas agressivas, isto porque ignoram as normas e desafiam constantemente o bem estar dos demais seres que as rodeiam.


Pessoas que maltratam animais são psicopatas?


É possível que o perfil psicológico de um agressor de animais esteja ligado a alguma doença psicológica. As patologias afetam gravemente a capacidade de sentir e racionalizar, podendo surgir alguns transtornos de personalidade que induzam o maltrato aos animais.

 

Um psicopata é uma pessoa que tem muitas dificuldades para entender o sofrimento dos demais e, se um ato violento contra outro lhe proporcionar algum tipo de benefício (por exemplo: aliviar o estresse de um dia ruim batendo em um animal), ela não pensará duas vezes antes de fazê-lo. É por isso que muitos psicopatas maltratam animais, no entanto nem todos os agressores de animais são psicopatas.

 

Mesmo sabendo que os transtornos mentais podem gerar atos violentos, os maus tratos aos animais são um fenômeno influenciado por muitos fatores: sociais, emocionais, ambientais... Por exemplo, se uma família ensinar a uma criança que, se um cachorro for desobediente, é preciso bater nele, quando o cachorro for desobediente com ela, é provável que a criança bata nele, reproduzindo aquilo que aprendeu com este cachorro ou com outros animais com que tenha contato.

 

É importante estar atento às crianças que maltratam os animais ou os seus pets, pois esta atitude pode induzir a outros tipos de comportamento agressivo. Embora possa ser considerada um tipo de "exploração" ou de conhecer os limites de tolerância do animal, também pode revelar uma forma inicial de abuso que serve de sinal para futuras agressões físicas. Uma criança que maltrata animais deve visitar um psicólogo, pois podem existir outros fatores que estejam provocando este comportamento. É fundamental identificá-los para evitar condutas de agressão que possam colocar a vida dos animais em risco.

 

Colaboração do site: peritoanimal.com.br

 

Imagens de notícias

Tags:

Compartilhar