Queremos celulares mais baratos, mas com melhores recursos!

Publicado por: Editor Feed News
07/10/2017 17:11:03
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Modelos entre R$ 700 e R$ 1099 ganham fôlego e já representam mais de 50% das vendas de smartphones no Brasil, segundo o IDC

 

*Por Samir Vani

 

As vendas do mercado de celulares voltaram a subir no Brasil no segundo trimestre do ano (segundo dados do instituto IDC só os smartphones tiveram alta de 11,7%). Porém, a comercialização dos modelos mais baratos, os chamados feature phones despencaram no mesmo período, com queda de nada menos que 44%.

 

Ao analisar esses dados, alguns podem pensar que o consumidor brasileiro não prioriza mais o preço, mas sim os recursos, certo? Só que não é bem assim... Para começar, vale checar a faixa de preços dos smartphones vendidos no Brasil:

 

Os modelos abaixo de R$ 699 saltaram de 20% de participação no primeiro trimestre de 2017 para 25% no segundo trimestre ano, segundo dados do IDC. E os aparelhos considerados intermediários, entre R$ 700 e R$ 1099, ampliaram um pouco mais o seu já grande filão, passando de 47% para 51% do mercado (vale lembrar que muitos aparelhos do chamado midle-range têm configurações que não deixam nada a dever a muito smartphone considerado topo de linha). Quem caiu entre os celulares inteligentes foi mesmo o setor dos chamados aparelhos Premium (entre R$ 1100 e R$ 1899), que tinha 23% no começo do ano e passou para 14%.

 

O que explica esses números é um consumidor que, sim, ainda é muito sensível a valor, mas que não aceita mais um aparelho que não seja um smartphone (o que fez os feature phones despencarem). Entre os muitos que já passaram pela experiência de ter um celular ou mesmo smartphone com recursos muito limitados, o desejo de ter um telefone com melhores componentes e funções fica evidente, o que reforça o crescimento dos modelos intermediários, que já respondem por mais da metade do volume de vendas no país.

 

Quem não pode investir uma fortuna em um celular já consegue ter uma ótima experiência de usuário com um modelo intermediário. Afinal, a maior parte das tarefas que realizamos diariamente (como trocar mensagens do WhatsApp ou navegar no Facebook) são realizadas tranquilamente com um aparelho na faixa dos R$ 800. Os brasileiros já perceberam isso e sabem que, gastar muito mais para fazer essas funções é desperdício de dinheiro.

 

A mensagem fica clara: queremos aparelhos com preço cada vez mais acessível, mas sem abrir mão de bons recursos! E como os fabricantes podem contentar desejos aparentemente tão distintos (preços mais baixos e recursos em alta)?

 

Com a adoção de componentes que aliem tecnologias ao mesmo tempo inovadoras e competitivas, que trazem soluções que dão um passo à frente, mas que não cobram o ônus dessa evolução do consumidor. Sim, é possível ter uma ótima experiência de usuário, com aparelho que não é caro. E lançamentos com essas características são muito bem-vindos!

 

*Samir Vani é country manager no Brasil da MediaTek, empresa multinacional que produz processadores para smartphones

 

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