CARUARU (22/03) - Este é o som da morte, aquele que ecoa todos os dias, nunca se sabe de onde vem. Uns dizem que é bala perdida outros dizem ser o desejo de atirar nas pessoas, na maioria das vezes de forma fútil. Mas é sempre com a finalidade morte, ceifando vidas, inclusive a de inocentes, destruindo famílias, banalizando a vida.
O vídeo serve para que se ouça com atenção e saiba de antemão a finalidade e o resultado. Um tiro, seja em legitima defesa ou a esmo, por vingança ou a mando de outrem, por imprudência ou por engano o fato é que, todos os dias, toda hora, homens, mulheres e crianças, longe ou perto de você, pode estar caindo morto e isto é certo, como também é certo, que no ultimo plesbicito, o povo escolheu manter armas em punho.
Quando o eleitor foi informado que deveria decidir em outubro de 2005 os rumos do comércio de armas no Brasil, a reação foi de perplexidade. A imensa maioria das pessoas ignorava que aquela inusitada questão lançada de súbito à sociedade era fruto de um processo muito anterior e maior. O Referendo de Outubro de 2005 em nada teve a ver com conchavos entre elites, prenúncio de golpe ou algo que o valha. Foi, sobretudo, o resultado da longa luta da sociedade civil contra a violência no Brasil, e a terceira consulta popular direta da história nacional – junto aos Plebiscitos de 1963 e 1993 -, o primeiro Referendo do Brasil e o único no mundo a perguntar sobre o tema.
Ao lado do Canadá, Austrália e Inglaterra, o Brasil está na vanguarda de dezenas de países que têm revisado suas leis de armas. Essa tendência mundial conta hoje com o apoio da ONU e tem somente um objetivo: reduzir o meio milhão de mortes por armas de fogo que acontecem anualmente no mundo e que vitimam principalmente homens, jovens, não brancos e pobres.
Mike N.
Ref. Mapa da Violencia
Revista de História
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