Quase 300 mil toneladas de lixo nos oceanos, o que você tem a ver com isso?

Publicado por: Editor Feed News
06/01/2015 19:42:35
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Cortesia Corbis
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Detritos das formas mais variadas flutuam na superfície dos oceanos e provocam a morte de todos os tipos de animais. Cerca de 300 mil toneladas de lixo contaminam as águas do mundo, segundo divulgação do periódico PLOS ONE. Por isso, o empresário Lucídio Goelzer, fundador da Quinta da Estância, maior fazenda de turismo rural e pedagógico do Brasil, convoca cada brasileiro a fazer a sua parte. “Não conseguiremos mudar o mundo, exceto se as pessoas se conscientizarem que a missão é de todos e não apenas das autoridades ambientais”, revela.

 

A ideia de Goelzer é que os indivíduos transformem seu lixo e ajudem a preservar as riquezas preciosas que a natureza oferece. “A Fazenda sugere a compostagem como atitude primordial na preservação do meio ambiente. Parece uma ação muito pequena, mas não é. A transformação da matéria em adubo orgânico evita o desperdício de alimentos e colabora com a cidade em que vivemos”, diz. Considerado o quarto produtor mundial de alimentos, o Brasil produz quase 26% a mais do que necessita para alimentação da população. No entanto, o desperdício tornou-se um grande vilão para o país. Segundo dados da Embrapa, 26,3 milhões de toneladas de alimentos são jogadas no lixo, número que alimentaria com café manhã, almoço e jantar 19 milhões de pessoas.

 

O procedimento é simples e muito utilizado na área rural, mas de fácil aplicação nas residências. “Estamos falando da transformação de matéria orgânica em adubo orgânico. Ou seja, é uma forma de reciclar o lixo orgânico e utilizá-lo nos jardins e plantas das casas, apartamentos e até empresas”, explica. Para Goelzer, o processo evita o destino final do resíduo que não é reciclado e previne o desenvolvimento de doenças. “O lixo é um problema grave, pois é consequência de muitos problemas. Além de entupir as ruas, provocar enchentes e poluir o meio ambiente, esses resíduos acumulam vermes e bactérias que podem ser fatais para a nossa saúde”, alerta.

 

A compostagem doméstica resulta em adubo de qualidade, além de muito barato. Goelzer explica que o primeiro passo é a organização da cozinha. “As pessoas devem deixar o lixo reservado para os resíduos orgânicos mais perto da pia, facilitando o trabalho de quem está cozinhando”, indica. Carne, peixe, laticínios e gorduras não devem participar do processo, pois acumulam cheiro forte, tornando impossível a reserva dos mesmos. Vidro, metal e plástico estão proibidos na compostagem e oferecem risco à saúde, pois contaminam o fertilizante.

 

O material deve ser remexido diariamente para proporcionar ventilação. Além disso, é importante que seja mantido em um local sem acúmulo intenso de água. Aos que não possuem pátio para esse procedimento, Goelzer indica os recipientes facilmente encontrados nas lojas do ramo. “As empresas vendem com tampa, o que auxilia na proteção da casa contra um eventual cheiro ruim do início do processo”, explica. Quanto ao tempo para o fertilizante estar pronto, ele explica que varia de acordo com o tamanho do material. “Se os resíduos forem pequenos, o tempo será menor. Uma solução para quem possui muito lixo é triturar os alimentos”, conta.

 

Para os que não querem remexer os resíduos diariamente, Goelzer explica que existe a possibilidade de uma compostagem passiva, como é chamada pelos especialistas. “É tudo uma questão de agilizar o processo. Tanto a aeração quanto o uso de minhocas fazem com que o adubo fique pronto para uso mais rapidamente. No entanto, é possível deixar o material se decompondo sozinho em um canto da casa que o efeito será o mesmo, mas em um tempo maior”, completa.

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