Como sair das dívidas de forma sustentável

Publicado por: Editor Feed News
22/12/2014 21:05:21
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Cortesia Corbis
Cortesia Corbis

 

Recentemente, a Boa Vista Serviços – empresa que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) – divulgou dados sobre devolução de cheques sem fundo, indicando um aumento de quase 20% entre junho e julho deste ano. A inadimplência, por sua vez, de acordo com a Serasa, teve alta de 4% em julho, comparado a junho de 2014, e de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.



A parcela da população que faz parte desses índices se vê sem rumo e, muitas vezes, com medo de encarar o problema, o que não ajuda em nada, muito pelo contrário, prejudica o processo de recuperação da vida financeira. Portanto, o momento é de cautela; é preciso saber exatamente onde está o problema, qual o tamanho da dívida e quanto poderá guardar por mês para quitá-las sem que acabe tendo que fazer outra dívida.



Sabemos que os juros dos bancos realmente são exorbitantes, mas não se deve colocar a culpa nas instituições financeiras, no governo ou no sistema; é hora de assumir a responsabilidade das suas finanças e mudar o comportamento em relação à utilização e administração do dinheiro, ou seja, educar-se financeiramente.



Para isso, é necessário ampliar o repertório sobre finanças, de forma consistente e carregada de sentido prático, para assimilar, o mais cedo possível, a importância do equilíbrio financeiro para o bem-estar em todos os âmbitos da vida. Há diversos cursos, palestras e livros disponíveis no mercado que auxiliam nesse processo de educação financeira de maneira descomplicada e eficaz. Isso fará com que as pessoas sejam mais conscientes e sustentáveis no uso dos recursos financeiros, não precisando dar cheques sem fundo, utilizar o limite do cheque especial, pegar empréstimos ou ficar sem honrar com os seus compromissos.

 

Sendo assim, elaborei algumas orientações básicas para quem está nessa situação e quer sair ou mesmo para quem não quer nem entrar nela:

 

Perguntas que o consumidor deve se fazer antes de qualquer compra



Eu realmente preciso desse produto?
O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?



Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:



De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
Tenho o dinheiro para comprar à vista?
Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?



Para quem já está endividado, os seguintes passos são essenciais:


Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir;


Fazer um diagnóstico financeiro, ou seja, saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais;
Relacionar, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo, sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;
Com os números em mãos, saber quanto poderá poupar por mês para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida;
Aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. É importante consultar um especialista;
Ter em mente que só se deve pagar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar.

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