Pandemia mundial de diabetes está ligada ao crescimento econômico

Publicado por: Editor Feed News
08/12/2014 11:00:07
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Cortesia Corbis
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Quais as razões que a diabetes avança como uma pandemia mundial? Entre os motivos aparentes para o aumento da diabetes tipo 2 estão logicamente a alimentação inadequada, além do alto consumo de álcool, tabaco e da diminuição da atividade física. Todavia, o que faz países como Brasil, Estados Unidos, Índia, China, Japão e regiões do Oriente Médio terem índices tão altos?

 

Nos Estados Unidos a explicação é mais óbvia: a taxa de obesidade aumenta por conta da alimentação fast food. Segundo artigo na revista Annals of Internal Medicine estima-se que de 1/3 a 1/5 terço de todos os americanos terão diabetes em 2050, se a continuar se alimentando desta forma.

 

Já na Índia, o grande consumo de peixe, frango ou carne foi associado com maior risco de diabetes. Os peixes são comidos secos, fritos com temperos pesados e petróleo, o que aumenta o risco. No entanto, grande parte do país é vegetariano e o aumento do consumo de carboidratos pode ser uma boa explicação.

 

Na China, os especialistas apontam o rápido desenvolvimento econômico associado ao sedentarismo e à alimentação não saudável, com a oferta abundante de alimentos e o estresse. Atualmente, a taxa de crescimento do diabetes na China é bem mais rápida do que na Europa e nos Estados Unidos.

 

Mas, e o Oriente Médio? Dubai, nos Emirados Árabes, tem as mesmas explicações da China: acelerado processo de desenvolvimento econômico, urbanização e adoção pela população de estilos de vida pouco saudáveis.

 

Isso posto, parece que a obesidade e a diabetes estão intimamente ligadas ao desenvolvimento econômico. A maior oferta de alimentos, o consumo indiscriminado de guloseimas, refrigerantes, bebidas alcoólicas, alimentos muito gordurosos, embutidos e enlatados, excesso de massas, estão associados ao ganho de peso e à consequente dificuldade no controle da glicemia, pressão arterial e gorduras no sangue.

 

Segundo a nutricionista Maria Eugênia Gutheil, consultora da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais, Diet e Light, ABIAD (www.abiad.org.br ), “ é crucial que façamos todos os esforços como mudanças de hábitos alimentares, tanto na escolha dos alimentos mais saudáveis quanto no seu preparo, aumento da prática de atividade física e aquisição de hábitos saudáveis.  Comecemos hoje a incorporar `novas atitudes´ na nossa rotina diária, as quais permitam, em médio e longo prazos, reverter este enorme problema de saúde publica”, concluiu.

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