Mulher, conheça melhor o seu corpo

Publicado por: Editor Feed News
16/10/2014 20:11:22
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Cortesia Corbis
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Descobrir como cada órgão feminino funciona é fundamental para o cuidado da saúde e para a escolha do contraceptivo

 

Conhecer o próprio corpo é o primeiro passo para viver melhor. Isso porque saber como cada órgão funciona é fundamental para desenvolvimento, detectar se algo está errado e até melhorar a sexualidade, além de ser importante para a saúde reprodutiva na hora de escolher um contraceptivo que se adapte melhor às necessidades do organismo.

 

A visita periódica ao ginecologista é fundamental para sanar as dúvidas que possam surgir. Para ajudá-la a chegar mais informada para a conversa, preparamos um guia do corpo feminino. Confira! 

 

Vagina

 

Ao contrário do que muita gente pensa, a vagina não é a parte externa da genitália feminina e sim um canal de sete a 10 centímetros de comprimento que vai da vulva ao colo do útero, e pelo qual ocorre a eliminação do fluxo menstrual e a passagem dos espermatozoides. O que muita gente também não sabe é que, por ter uma extensa área de absorção, o órgão é adequado para a administração de medicamentos, como, por exemplo, o anel contraceptivo. Outro fator desconhecido é que a parte superior da vagina é relativamente insensível ao tato e, por isso, as mulheres normalmente não sentem desconforto quando usam medicamentos intravaginais ou absorventes internos.

 

Ovários

 

Os ovários têm o tamanho e a aparência de amêndoas. Eles são responsáveis pela produção dos óvulos e por secretar estrogênio e progesterona, os hormônios sexuais femininos. As mulheres já nascem com milhares de óvulos em cada ovário. Após a primeira menstruação, um óvulo é amadurecido e liberado para as tubas uterinas a cada mês. Os contraceptivos hormonais, por exemplo, agem justamente inibindo a ovulação e, assim, evitando a gravidez. Com a idade, os ovários trabalham cada vez mais devagar, até que a ovulação cessa e a mulher entra na menopausa.

 

Tubas uterinas

 

As tubas uterinas, ou trompas de Falópio, são os canais que ligam o útero aos ovários. Seus cílios, espécies de franjas, movimentam-se e capturam os óvulos amadurecidos, levando-os para seu interior, onde ocorre a fecundação pelo espermatozoide. Na laqueadura, as trompas são cortadas ou bloqueadas, impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo e, assim, a gravidez.

 

Útero

 

O útero é um órgão muscular com a forma de uma pera invertida, podendo variar de tamanho, posição e estrutura. Ele tem a importante função de acomodar o bebê desde o estágio embrionário até a fase final da gestação, além de realizar as contrações na hora do parto, que possibilitam o nascimento. O útero é formado por camadas, sendo o endométrio a que sofre modificações durante o ciclo menstrual, preparando-se mensalmente para receber o óvulo fecundado. Caso a fecundação não ocorra, o endométrio descama e é eliminado na menstruação.

 

Colo do útero

 

Parte inferior do útero, esse órgão permite a entrada do esperma e a saída da menstruação. Por isso, é importante exames periódicos em que o ginecologista investiga a presença de eventuais lesões nessa região, que podem indicar problemas mais graves, como o câncer de colo do útero.

 

Hormônios femininos

 

Os hormônios têm papel fundamental em cada fase da vida da mulher, como menstruação, gestação e menopausa. O estrogênio é o responsável pela maioria das características femininas, como textura da pele e distribuição de gordura pelo corpo, entre outras. Nos anticoncepcionais, uma de suas funções é regular o ciclo menstrual.

Já a progesterona é responsável por inibir a ovulação e, por consequência, a fecundação. Isso ocorre porque a progesterona inibe o pico de liberação do LH (hormônio responsável pela maturação e liberação do óvulo), além de aumentar a densidade do muco no colo do útero, atrapalhando a movimentação dos espermatozoides.

 

Mamas

 

As mamas possuem como função primária a amamentação. O exame periódico das mamas é extremamente importante para detectar irregularidades, retrações ou aderências da pele, nódulos e secreções de qualquer natureza. Ele é feito na consulta ginecológica, mas é importante que toda mulher faça também um autoexame uma vez por mês, dois ou três dias após o período menstrual. Outro indício de problemas pode ser a dor nas mamas. Ela pode ser normal antes ou durante a menstruação, mas se for intensa fora desse período, deve ser investigada pelo médico.

 

Referências bibliográficas:

1. Alexander NJ, Baker E, Kaptein M, Karck U, Miller L, Zampaglione E. Why consider vaginal drug administration? Fertil Steril. 2004 Jul;82(1):1-12.

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6. Moalli PA. Biologia do aparelho reprodutor feminino. In: Manual Merck de Informação Médica, Saúde Para a Família, 2e. São Paulo: Roca, 2009.

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