Não se desenvolver demência pode ser mais simples do que parece

Publicado por: Editor Feed News
06/10/2021 17:28:17
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Uma nova investigação na China acompanhou o envelhecimento de 9500 pessoas durante 12 anos e concluiu que o bem-estar psicológico é um factor que reduz a probabilidade de se desenvolver demência.

 

Para além de ser um objectivo de todos, a felicidade também pode ter consequências positivas na nossa saúde cognitiva e diminuir a probabilidade de se ter demência. São estas as conclusões de um estudo elaborado ao longo de 12 anos na China e publicado em Setembro no Journal of Aging and Health.

 

Este estudo distingue-se de outros semelhantes por ter acompanhado as pessoas durante um período longo, enquanto que muitos outros que já mostraram os benefícios do bem-estar psicológico nas funções cognitivas se cingiram a um período de análise muito mais curto, o que pode levar a que se subestime a ligação entre os dois factores.

 

O estudo partiu de um subconjunto de dados de um inquérito, com uma amostra de quase 9500 inquiridos com 60 ou mais anos e sem quaisquer imparidades cognitivas de início, em 2002. Foram depois entrevistados cinco vezes entre 2002 e 2014.

 

Cerca de 2640 inquiridos tinham indícios de declínio cognitivo numa das entrevistas que se seguiram e os números foram crescendo ao longo do tempo, de quase 11% entre 2002 e 2005 até 13,3% entre 2011 e 2014.

 

Para se avaliar o impacto da felicidade e bem-estar psicológico na evolução da demência, os inquiridos responderam a questões sobre o seu optimismo, consciência, solidão, auto-estima e o tipo de apoio social que receberam, como visitas de família e amigos, e o seu estado de saúde.

 

Lydia Li, professora de serviço social na Universidade do Michigan e co-autor do estudo, acredita que saber mais sobre as causas do declínio cognitivo é um problema importante de saúde pública em sociedades cada vez mais envelhecidas.

 

“As conclusões têm implicações nas políticas e nas prácticas de apoio a pessoas mais velhas para que preservem as funções cognitivas na idade avançada, visto que o bem-estar psicológico é modificável”, afirma num comunicado.

 

Para além de melhorar a qualidade de vida dos mais idosos, a sociedade em geral também beneficia porque se reduzem os custos e fardos associados aos cuidados mais exigentes precisos para cuidar de quem já está em declínio cognitivo, acrescenta Li.

 

Apesar de o estudo ter apenas sido feito na China, a investigadora refere que não há razão para que não se possa aplicar as mesmas conclusões a outros grupos étnicos, culturais e geográficos.

 

Por  Adriana Peixoto, ZAP //

 

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