Moda infantil, um mercado em disparada

Publicado por: Editor Feed News
22/06/2019 08:07:14
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Courtesy Pixabay
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O crescente mercado de roupa infantil

 

Não restam dúvidas, um mercado em forte crescimento no Brasil é o do segmento infantil. Muitos confeccionistas que iniciam no ramo da moda, optam pelo segmento por diversos fatores e um deles é a alta lucratividade e simplificação de processos. Em média o volume de vendas de produtos de moda infantil no País passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,9 bilhões, crescimento de 45,6%. Cidades como Terra Roxa, no interior do Paraná se profissionalizaram. Desde a década de 1990, o empresariado local tem atuado no desenvolvimento econômico e social do município, gerando empregos e possibilitando que a região se tornasse referência na indústria de confecção infantil. O estado do Paraná já havia reconhecido oficialmente, pela Lei 17.058/2012, o município de Terra Roxa como a ‘Capital da Moda Bebê do Estado do Paraná’.


É possível afirmar que São Caetano, no agreste de Pernambuco, está no caminho e pode ser chamada de Polo da Moda Bebê ou Capital da Moda Bebê de Pernambuco como querem alguns. De fato, se consideramos que a região detém um grande número de fabricantes neste segmento em comparação a outros polos no país. A pequena cidade fica no interior pernambucano, distante 170 km da capital Recife e 20 km de Caruaru. Cupira, na mesma região, é conhecida por dominar a fabricação de bolsas maternidade e outros acessórios e nao pode ficar de fora do segmento.

 

Preços a partir de 4 Reais

Caruaru, neste quesito, segundo apuramos, aparece em segundo lugar em número de fabricantes, porém destaca-se por oferecer produtos mais elaborados. Segundo afirmou Horácio Lima um distribuidor de moda infantil que mora em Caruaru " Os fabricantes daqui optam por um produto mais "trabalhado", porém São Caetano reúne roupas mais competitivas, algumas de qualidade, como a precursora Mayara Baby, com 20 anos de mercado. Outras como DúNené, Bella Baby, Tutti Moda e Bebeka Baby, são mais recentes. Lá os produtos são mais populares com preços que variam entre 4 a 16 reais. O complicado é encontrar esses fabricos, quase sempre de difícil acesso. Um lojista ou atacadista quando chega na cidade fica totalmente perdido e muitas vezes desiste, vindo para as feiras de Caruaru ou Santa Cruz. Vale a máxima: Quem não se comunica se complica". Concluiu o comerciante. 

 

TV local para impulsionar marcas

Mais de 90% dos confeccionistas de São Caetano são informais, endereços desconhecidos e sem muita habilidade (ou nenhuma) em se apresentar e expor seus produtos para o mercado, seja através de uma loja, feira, cooperativa, associação ou algum tipo de representação. A TV SÃO CAETANO, player de vídeo incorporado e 24 horas no ar, surgiu depois de uma conversa com alguns fabricantes como uma opção de uso imediato, abrindo espaço para as marcas locais e com objetivos bem definidos: a promoção dos negócios da região.

 

Por telefone, inicialmente foram convidados 5 empresas, dessas, três marcas de peso aderiram a ideia e juntas gravaram, em um só dia, mais de 40 vídeos promocionais de seus produtos. Os vídeos foram enviados para mais de 50 Mil pessoas alvo através dos CDNs da rede. Os vídeos estão disponíveis na plataforma da TV SHOPSHOW  e dezenas de afiliadas espalhadas pelo Brasil, além de chamadas pagas e  impulsionadas nas principais plataformas sociais (Google ADS, Youtube, ADS Facebook, Facebook etc.) alcançando com essa ação, realizadas por profissionais qualificados de Marketing Digital, significativas visualizações e algumas transformadas em negócios quando se tem na outra ponta, um bom atendimento.

 

Na busca do topo

"Serão necessários até o fim do ano uns 800 vídeos curtos (de 20 a 30 segundos) para a região aparecer no topo das buscas dos principais mecanismos de buscas. Além disso, produzir conteúdos como artigos, notas diárias ou semanais sobre lançamentos, inovações e participação em Rodadas Virtuais de Apresentação e Negócios, se fazem necessárias para uma rápida indexação e rankeamento na Internet. Mercado se conquista com forte presença, atendimento e boa reputação online. Uma operação de guerra de SEO", afirma Mike Nelson, um dos CEOs da rede de TV Online com pontos de presença online regionais ( POLRs) em todo o Brasil, países vizinhos e África Lusófona.

 

Cada um para si, Deus também

Em São Caetano, os confeccionistas de roupas, são todos muito desconfiados.  Apesar de serem "amigos", conhecidos ou parentes um dos outros, em negócios a regra é outra: cada um para si Deus também. Os caetanenses apesar de geradores de emprego e renda, não tem qualquer tipo de apoio ou subsídios dos gestores públicos. Sem suporte técnico, o fabricante não tem a devida orientação e sequer uma marca registrada, e-mail ou site. Na raça, trabalham com apenas o cpf em suas etiquetas e vivem da venda em feiras da região. Criam suas "grifes" sem uma pesquisa ou busca prévia e muitos acabam tendo problemas judiciais.  De fato, basta pegar uma dessas "marcas" e uma rápida pesquisa, constata-se que muitos desses nomes em uso pertencem a outras pessoas, empresas de outros estados e já registradas. Obvio, não se trata de má-fé, mas ausência de uma orientação especializada. E nessa zona de conforto, do viver na moita e no quase anonimato é possível contabilizar um número expressivo que ultrapassa os 200 confeccionistas. Cada ex-empregador, torna-se um novo fabricante e assim se dá essa multiplicação. Podemos afirmar com segurança que a cada 10 casas na cidade, ao menos 9 está envolvida com a confecção de moda bebê

 

"Só a minha empresa, a Milena Baby entrega em média 2 mil peças por mês, mas existem outras dezenas de distribuidores da produção local na cidade que juntos devem entregar umas 50 mil peças ou mais" Pontuou André Val um distribuidor de confecções da região.


Segundo a Euromonitor - empresa especializada em pesquisa de mercado global, destacou que mesmo com a crise política e econômica no Brasil, o segmento de moda infantil manteve o fôlego, crescendo uma média de 8% ao ano.

 

Mercado infantil com oportunidades

Por ser um dos países com o maior número de crianças no mundo, o mercado brasileiro demonstra ser um cenário positivo para estilistas que querem ter a sua primeira marca escolhendo o ramo infantil. Segundo IEMI - empresa de pesquisa de mercado, em 2017 a produção de vestuário infantil e bebê cresceu cerca de 3,1% e em relação a receita foram 6,2%.

 

Diferenciais do mercado infantil

Dilma Leal, empreendedora no segmento, iniciou seu trabalho no ramo têxtil, primeiro com uma loja fisica no Polo Caruaru mas logo percebeu que na internet havia mais oportunidades na área da moda infantil. Veja alguns dos diferenciais que fizeram ela escolher esse mercado:

 

Baixa frequência de troca de coleções;

Sem necessidade de seguir tendências (salvo algumas exceções);

Coleções de inverno e verão (duas apenas).

É quase descartável porque os filhotes crescem muito rápido

 


Tendência “Mini Mim” ou “Tal Pai, Tal Filho", "Tal mãe tal filha" só como exemplo

O segmento infantil está em crescimento e tende a ganhar cada vez mais destaque no meio da moda, disso certamente você não tem mais dúvidas, certo? Uma tendência que está em alta e foi abraçada por grandes marcas é “Tal Pai, Tal Filho”. Você já tinha ouvido falar?

 

Essa tendência busca vestir o filho com a roupa igual - ou muito parecida - do pai ou mãe. Algumas marcas que seguem essa pegada são: Bella Luá, Lallupe e Coloritta.

 

Como dica, fique atento aos mercados que vão gerar oportunidades para você, muitas das vezes se insiste em algo que caberá investimento e muita disposição incial. Os números não mentem e comprovam como o mercado infantil cresce e tende a conquistar mais novos estilistas.

 

Por Robson Santos

 

Referências:

O sucesso dos looks “mini me”

Segmento de vestuário infantil é mercado crescente no País

Oportunidade para o mercado infantil

Mercado infantil exige diferencial e foco

Mercado infantil em crescimento

Terra Roxa levou a sério e profissionalizou-se

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