Médico especialista aponta os erros alimentares dos brasileiros

Publicado por: Editor Feed News
20/02/2014 10:37:25
Exibições: 1,901

Algumas dicas sobre os erros mais comuns que cometemos a nos alimentar e quem nos orienta é o Dr Fábio Cardoso Especialista em Clínica Médica, pelo MEC e Sociedade Brasileira de Medicina,Pós-graduado em Medicina do Esporte, pela FISICURSOS, vinculada à UNIVERSIDADE GAMA FILHO- Rio de Janeiro - RJ, Membro da National Athletics Training Association (NATA), Membro da American Association of Professional Ringside Physicians (AAPRP),Membro da Associação Brasileira de Medicina Anti-Envelhecimento.
Membro da Brazil-American Academy for Integrative & Regenerative Medicine, Médico vinculado à equipe de MMA - RFT Fight Company, com atletas em vários e eventos ( UFC, BELLATOR, JungleFight, Nitrix, Sparta, entre outros)e que presta consultoria Médica Esportiva individualizada.

 

Os erros alimentares brasileiros

 

Especialista nos orienta sobre a qualidade das nossas refeições

 

Dados do Ministério da Saúde, nos ajudam a entender como a alimentação do brasileiro piorou. A nossa combinação feijão com arroz está cada vez menos frequente, abrindo espaço para alimentos industrializados. O nosso famoso jeitinho está na verdade nos complicando, em vez de ajudar e sabemos que a causa de várias doenças são ligadas aos erros alimentares, cometidos dia após dia, com um resultado trágico e cada vez mais precoce.

 

A pesquisa revela que 48,1% da população adulta está acima do peso e 15% está obesa. Especificando esses dados percebemos que apenas 18,2% dos entrevistados consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco dias ou mais por semana; 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana.

 

Quanto ao consumo de sódio no Brasil, os números são bastante preocupantes. Foi estimado atualmente que o consumo diário é de 12 gramas – mais que o dobro recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O açúcar também é consumido com exageros por cerca de 61,3% da população.

 

São dados muito relevantes como nos explica o Dr Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva, longevidade. Tem alimentos que erramos porque consumimos muito, outros por consumirmos de menos. Vamos a eles:

 

- Os erros por excesso:

 

1- De calorias: O excesso calórico encontra-se entre os erros mais comuns. A escolha dos alimentos é muito importante e tem grande influência: qualidade sempre deve vir antes de quantidade;

 

2- De lipídios: Gorduras

 

3 De açúcar: O açúcar refinado encontra-se na maioria dos alimentos. Os excessos desse produto são prejudiciais principalmente para as artérias.

 

4- De carne: O homem moderno consome muita carne. Os laticínios, o peixe, os legumes secos e os ovos têm o mesmo valor protéico e fornecem menos gorduras.

 

5- O álcool: O excessivo consumo de bebidas alcoólicas encontra-se entre os erros mais difusos, que nos casos extremos tem consequências físicas, psíquicas, familiares e sociais.

 

- Os erros por falta:

 

1- De água: O fornecimento diário de pelo menos 25ml/kg/dia de água raramente é respeitado.

 

2- De fibras: Outra constatação: nossas mesas estão mais fartas, mas de alimentos ricos em carboidratos e gorduras saturadas e muito pobres em fibras. Sabia que a obesidade é bem mais rara em populações com dietas ricas em fibras? Isto acontece por vários motivos: aumento da saciedade (comemos menos), aumento do tempo para absorver carboidratos (evitando picos de insulin no sangue, o que ajuda a queimar gordura como fonte de energia e diminui o risco de produzir diabetes), melhoram o funcionamento intestinal, auxiliam a proteger a flora intestinal e até brinco dizendo que elas são quase como calorias negativas – alimentos ricos em fibras tem baixa densidade calórica, e como não são absorvidas pelo intestino delgado, chegam intactos ao intestino grosso, podendo ser consumidas em maior quantidade.

 

3- De minerais e vitaminas:

 

Em um trabalho científico realizado pela Universidade de Viçosa/MG, em conjunto com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO); A Organização Mundial de Saúde (OMS); a Fundação Getúlio Vargas (FGV); e dados coletados pelo IBGE, foi demonstrada a gravíssima deficiência mineral encontrada na dieta alimentar brasileira.

 

Constatou-se que essa carência atinge até a parcela da população com alto poder aquisitivo, configurando, portanto, que o déficit nutricional independe da realidade sócio-econômica e que a dieta do povo brasileiro, como um todo, é insatisfatória, incapaz de repor os nutrientes minerais essenciais aos níveis mínimos necessários para a manutenção de uma vida saudável e produtiva.

 

Outro dado muito importante levantado pelo Dr Fábio foi sobre a pobreza do solo brasileiro.

 

O SOLO BRASILEIRO É POBRE DE MINERAIS

 

O prosseguimento dos estudos revelou a origem do problema: contrariando a crença popular, o solo brasileiro, assim como a totalidade dos solos tropicais é pobre de nutrientes essenciais, tais como selênio, zinco, cálcio, ferro e magnésio, indispensáveis à boa formação física e mental.

 

A carência mineral do solo afeta diretamente toda a cadeia alimentar, inclusive os produtos de origem animal e derivados, que chegam até nós também carentes. Mesmo quem se alimenta bem, não consegue suprir sequer 30% do mínimo necessário.

 

A fragilidade do solo brasileiro afeta a nossa dieta. No caso de alguns minerais vitais, como o selênio, por exemplo, quem melhor se alimenta no Brasil, consome no máximo 24,7 mcg/dia, quando o mínimo necessário é de 70 mcg/dia.

 

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

 

Selênio - causa degeneração pancreática, mialgias, músculos flácidos, fragilidade das células vermelhas, miopatias cardíacas, inclusive fatais.

 

Zinco - mal funcionamento de enzimas vitais, atrasos de crescimento, depressão da função imunológica, dermatites, alteração da capacidade reprodutiva, anomalias esqueléticas, diarréias e alopécia.

 

Ferro – anemia e suas conseqüências, como diminuição da atividade intelectual, do desenvolvimento psicomotor, menor resistência a infecções.

 

Magnésio - suspeita-se que a longo prazo seja fator etiológico de doenças crônicas cardiovasculares, renais e neuromusculares.

 

Outro erro muito frequente: comer sempre as mesmas coisas. Um prato que contém alface, tomate, azeite de oliva, arroz, feijão e um bife é complete? Podemos dizer que sim. Mas daí a comer sempre o mesmo, estaremos aumentando as chances de produzirmos erros alimentares e deficiências nutricionais específicas. Variar o que se come é uma regra muito importante.

 

No entanto uma das soluções apontadas pelo Dr é a suplementação que deve ser sempre feita de forma individualizada após exames e principalmente com a orientação de um profissional

 

Imagens de notícias

Categorias:
Tags:

Compartilhar