Vale a pena Interromper ou suspender a menstruação permanentemente?

Publicado por: Editor Feed News
12/11/2017 16:17:06
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Interromper ou suspender a menstruação permanentemente tem sido uma ideia atrativa para muitas mulheres. No artigo, Renato de Oliveira, ginecologista, desvenda os principais mitos e verdades sobre o tema.

 

Especialista responde as principais dúvidas sobre o tema



Cólicas, irritação, inchaço e TPM são alguns dos sintomas do período menstrual. Por esses motivos, interromper ou suspender a menstruação permanentemente tem sido uma ideia atrativa para muitas mulheres. “Foi-se o tempo em que o período menstrual era o melhor termômetro do bom funcionamento do organismo e um sinal de que não ocorreu gravidez. Agora, desde o momento que ocorreu uma mudança no papel da mulher na sociedade, aumenta-se o número de pacientes que desejam suspender a menstruação”, comenta Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis.



Apesar do assunto estar em alta, existem ainda muitas dúvidas e receios em relação a parar de menstruar. Abaixo, o especialista desvenda os principais mitos e verdades sobre o tema.



Algumas mulheres não podem suspender a menstruação

 


VERDADE. Alguns cânceres de mama que são sensíveis ao estrogênio e a progesterona contraindicam o uso destes hormônios e, consequentemente, dos métodos contraceptivos hormonais. “Qualquer método que possua estrogênio não deve ser utilizado por mulheres com hipertensão não controlada, que tenham passado por cirurgia de grande porte com imobilização prolongada, que tenham antecedente de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas isquêmicas, enxaquecas severas, tumores hepáticos ou hepatites agudas”, alerta Renato. Por isso, sempre consulte um ginecologista antes de iniciar um método contraceptivo, trocá-lo ou optar pelos regimes estendidos.



Suspender a menstruação causa infertilidade


MITO. É muito importante frisar que os métodos hormonais não causam infertilidade permanente. “A interrupção do método e o retorno dos ciclos menstruais sugere o retorno à fertilidade. No entanto, há outros fatores que podem associar-se à dificuldade de engravidar, como a idade. Dessa forma, não é o fato de ter usado 10 a 15 anos de anticoncepcional, por exemplo, que dificulta a gravidez, mas sim o fato de ter esse tempo a mais para despertar o real desejo reprodutivo”, esclarece o especialista.



A suspensão é feita apenas por pílula anticoncepcional


MITO. O mais comum é o uso contínuo da pílula anticoncepcional. Neste caso, a paciente toma o medicamento, que pode ser uma combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, ou somente a progesterona, sem interrupções. Dentre os outros métodos estão o DIU liberador de levonorgestrel, opção que pode evitar a menstruação e a gravidez e aconselhado mantê-lo por até cinco anos; o implante subcutâneo, um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, é fabricado à base de progesterona e deve ser colocado sob a pele no antebraço, e por fim outra opção é a injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona.



Quem tem mioma e endometriose pode se beneficiar com a suspensão?


VERDADE. Suspender a menstruação também pode ser tratamento para algumas doenças como mioma e endometriose. Para o mioma, por exemplo, o possível sangramento intenso pode ser controlado pela suspensão da menstruação. No caso da endometriose, a qual se caracteriza pela presença de tecido de dentro do útero, denominado endométrio, implantado fora da cavidade, pode cursar para algumas pacientes durante sua menstruação com intensas dores, diarreia e até mesmo sangue na urina. Nesta situação, a suspensão seria uma excelente alternativa para aquelas pacientes que não desejam gravidez.



Antes de escolher o método é necessário uma consulta ginecológica


VERDADE. Sem dúvida, procure um especialista. “A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a consulta médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”, finaliza.

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