Fisioterapeuta Pélvica explica caso da atleta que defecou em luta de MMA

Publicado por: Editor Feed News
07/07/2017 16:55:39
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A incontinência fecal está relacionada à funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico

 

O episódio da lutadora que evacuou durante uma luta de MMA vem chamando atenção. Justine Kish não conseguiu segurar as fezes após realizar um grande esforço para se livrar de um golpe de sua oponente, a lutadora Felice Herring. Mas, esse não foi um caso isolado. Segunda a fisioterapeuta, especializada em Saúde da Mulher, Eliana do Nascimento, da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, atletas de alto rendimento têm sido protagonistas de cenas como essa em diferentes modalidades. “Isso ocorre devido à um aumento exagerado da pressão intra-abdominal que sobrecarrega os músculos do assoalho pélvico. O caso já ocorreu em outros atletas como corredores, halterofilistas e judocas. Esses músculos são responsáveis por manter a continência, tanto urinária, quanto fecal”, diz.

 

É comum associar a incontinência à fraqueza muscular. Então, por que um atleta, que possui músculos fortes e bem definidos, apresentaria incontinência? A resposta é simples, nem sempre uma musculatura forte é funcional. “Quando falamos que um músculo é funcional, queremos dizer que ele está desempenhando sua função de forma correta e trabalhando em sinergia perfeita com outros músculos e estruturas. No caso do assoalho pélvico, essa sinergia deve ocorrer entre a musculatura profunda abdominal e o diafragma respiratório, mantendo assim a estabilidade e contendo a pressão intra-abdominal, para que não haja sobrecarga”, explica Eliana. 

 

Em atividades de alto impacto os músculos do assoalho pélvico precisam ser trabalhados na mesma proporção dos grandes grupos musculares para que não ocorra falha na ativação dessa musculatura, predispondo a incontinência urinária ou fecal.

 

Existem diversos recursos fisioterapêuticos que podem auxiliar na melhora da perda fecal em atletas, como exercícios terapêuticos específicos, eletroestimulação, biofeedback, entre outros. Portanto, prestar atenção na musculatura profunda estabilizadora é fundamental nas atividades de grande impacto e o auxílio de um profissional especializado evita a piora do caso.

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