Pernambucanas desconhecem o câncer de colo do útero

Publicado por: Editor Feed News
27/09/2016 10:33:27
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Há falta de informação também sobre as formas de diagnóstico e tratamento do terceiro câncer que mais mata mulheres no Brasil
 
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Roche Farma Brasil, aponta que 58% das pernambucanas não conhecem o câncer de colo do útero, o segundo mais incidente no público feminino no estado e que mata uma mulher a cada 90 minutos no país. A falta de informação também chega aos exames de diagnóstico e tratamento da doença.
 
Dados da pesquisa mostram que, entre as mulheres do estado, 85% nunca realizaram o teste do HPV, teste específico para detectar o principal causador do câncer de colo do útero. Grande parte delas também nunca realizaram o papanicolau e a colposcopia, respectivamente 44% e 42%, exames de rotina ginecológica para este tipo de câncer. A maioria das mulheres realiza esses exames quando necessitam avaliação médica por outras causas e não de forma rotineira e regulada como propõe o programa de rastreamento de câncer de colo de útero no Brasil, conta a Dra. Carla Rameri de Azevedo, médica oncologista e pesquisadora do IMIP e clínica MultiHemo.
 
63% das pernambucanas dependem do Sistema Único de Saúde que demora, em média, 6 meses para concluir o ciclo de atendimento, que abrange desde a consulta inicial, passando pela realização do exame e à consulta de retorno. “A demora agrava o cenário, fazendo com que os tumores sejam diagnosticados já em estágios avançados”, relata Dra. Carla. Segundo a pesquisa, o médico é apontado como quem mais pode ajudar, com 42% das respostas.
 
De acordo com a especialista, quando sintomas como o sangramento já são aparentes, a paciente se encontra no estágio avançado da doença, o que acontece em 77% dos casos. Infelizmente, o tratamento da doença também é pouco conhecido, 57% não conhecem ou não se lembram de nenhum tipo. E, muito por conta disso, as entrevistadas apresentaram reações ruins sobre a doença. 34% delas pensam em morte, 27% têm sentimentos negativos e 13% apenas lembram-se da gravidade da doença, quando estimuladas.
 
“O acesso à prevenção e ao tratamento a contento são muito importantes para elas. Não somente pela maior chance de cura, como também na melhora na qualidade de vida”, completa a Dra. Carla Rameri. Entre as entrevistadas, 89% acham muito importante ter mais um dia de vida e 85% acreditam que o tratamento correto pode possibilitar mais tempo a elas.
 
Segundo a especialista, para o estágio avançado, o tratamento com bevacizumabe, novo medicamento disponível no Brasil, permite mais tempo de vida às pacientes. A combinação do medicamento com a quimioterapia isolada (cisplatina + paclitaxel) aumentou a expectativa média de vida em 30% e reduziu 33% na progressão da doença. “Trata-se do primeiro medicamento biológico que trouxe benefício em sobrevida global sem redução da qualidade de vida em pacientes com câncer de colo de útero nos últimos dez anos”, afirma Dra. Carla.
 

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