Diabetes: entenda a relação entre o consumo de trigo e a resistência à insulina

Publicado por: Editor Feed News
27/05/2016 19:02:56
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No Brasil, cresce a cada ano o número de pacientes com diabetes.

 

Conforme indica pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, atualmente 13 milhões de pessoas têm diabetes e sofrem com as complicações da doença. Acompanhando estes índices, o excesso de peso e obesidade também alcançam patamares alarmantes mundialmente.

 

Além dos hábitos de vida e fatores genéticos, o que poucas pessoas sabem é que a alimentação desempenha um papel significativo tanto para reverter o sobrepeso, quanto para tratar e prevenir o diabetes. Em estudo publicado pelo Grupo Finlandês de Prevenção do Diabetes, pesquisadores demonstraram que a instalação do diabetes no adulto pode ser retardada, ou até mesmo evitada, através de mudanças alimentares e aumento de atividade física.

 

Especialistas explicam que o consumo excessivo de carboidratos e industrializados e a gradativa redução de gorduras saudáveis, verduras e frutas do cardápio são alguns dos principais equívocos. Os produtos derivados do trigo, segundo pesquisadores, são repletos de um açúcar chamado amilopectina, que eleva a glicose no sangue mais do que o açúcar comum. Essas elevações do açúcar no sangue, com o passar do tempo, levam a resistência à insulina, condição inflamatória que predispõe a doenças como obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta e triglicerídeos elevados.

 

Para o Presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas (INEODOC), o médico Patrick Rocha, a abordagem atual da medicina e nutrição para o diabético é muito problemática, pois foca no diagnóstico (exames) e no tratamento medicamentoso, e ignora os estudos e evidências científicas mais atuais. Segundo ele, o aspecto mais importante, tanto para a prevenção, quanto para o tratamento da doença é a alimentação.

 

"Pratica-se no Brasil uma alimentação de cinco décadas de atraso, com falta de orientação as pessoas sobre todos os aspectos que envolvem a saúde do diabético e pré-diabético, e não se trata apenas de medicamentos, mas também de uma educação alimentar. Muitos pacientes tem seus casos agravados, por falta de informação, o que os leva a aumentar cada vez mais a dosagem das medicações e a sofrer de diversas complicações", destaca Dr. Patrick Rocha.

 

De acordo com a Associação de Diabetes Juvenil são cerca de um milhão de crianças diabéticas no Brasil, e provavelmente, muito mais, pois há uma epidemia de sobrepeso e obesidade em crianças e isso tem aumentado muito o número de caso de crianças diabéticas tipo 2. É importante lembrar que até alguns anos atrás, crianças e adolescentes apresentavam apenas Diabetes tipo 1. Agora temos os dois tipos de diabetes nas crianças e adolescentes.

 

Segundo Dr.Rocha, os primeiros passos para quem deseja abandonar o consumo de trigo e não é diabético pode começar usando a tapioca (massa fina) no lugar do trigo. Mas o ideal é retirar tudo que houver trigo e focar nas gorduras saudáveis e proteínas de alto valor biológico (ovos, óleo de coco, carnes de animais que pastam, abacate, etc). "Os carboidratos fibrosos também são importantes para a saúde, como as hortaliças em geral. As omeletes recheadas de queijo, carne, brócolis e outros legumes são uma excelente opção", completa o médico.

 

Saiba mais: O médico Patrick Rocha (CRM-CE 8561) é palestrante, pesquisador e apaixonado por saúde e nutrição. Dr. Rocha é Presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas (INEODOC) e autor dos treinamentos "Emagreça com o Dr Rocha" e "Programa Diabetes Controlada".

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